terça-feira, 2 de setembro de 2014

Resiliência & "All is Lost"


Certamente uma das características mais procuradas em profissionais atualmente, em função das turbulências do ambiente e a incessante dança das mudanças em todos os cenários da vida.
Quer entender um pouco melhor o que é resiliência e suas consequências positivas no comportamento?

Assista o filme “All is Lost” (Até o Fim, título no Brasil), dirigido por J. C. Chandor, protagonizado por Robert Redford.
A estória narra a viagem solitária de um homem, a bordo de um veleiro no Oceano Índico que de repente vê a embarcação atingida por um container à deriva em alto mar, provocando um grave dano no casco da embarcação. Neste ponto, inicia-se a luta pela sobrevivência do experiente marinheiro.
Para além da brilhante interpretação de Robert Redford, num filme onde as únicas “falas” são na abertura (um texto em off narrando as etapas finais da viagem), um pedido de socorro pelo rádio do veleiro e um pedido de socorro a bordo de um bote salva-vidas, o único personagem do filme desfila um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que ilustram com perfeição até onde um ser humano pode chegar como limite de resiliência.
Os momentos marcantes do personagem no decorrer da ação correspondem a várias características da resiliência:
Ver o todo: o personagem observa atentamente a situação presente antes de adotar qualquer medida, e a cada nova etapa da viagem está sempre atento aos sinais que o ambiente apresenta, tentando antecipar-se para reduzir o impacto dos acontecimentos.
Escolha das alternativas: diante das perspectivas, o personagem não perde o controle e toma as primeiras atitudes no sentido de eliminar causas primárias dos problemas e escolhe o melhor caminho para agir.
Partir para a ação: o personagem age no sentido de resolver as questões mais importantes e urgentes, além de prevenir riscos que podem surgir da avaliação do ambiente.
Não desistir: mesmo nos momentos mais difíceis da narrativa, o personagem se recompõe, continua vendo o todo, escolhendo alternativas e partindo para a ação.
Permitir emoções: ainda que com um elevado nível de autocontrole, o personagem dá vazão a reações emocionais que permitem claramente aliviar o alto grau de tensão que se impõe pelo roteiro.
Entre outros comportamentos, destacam-se atitudes que demonstram a inteligência emocional do protagonista, principalmente em relação ao conjunto de competências pessoais:
Autoavaliação precisa: o personagem conhece seus limites e as próprias possibilidades, principalmente quando decide abandonar o veleiro e na última cena do filme.
Autoconfiança: nas várias situações da estória, o protagonista age com um senso pleno de suas capacidades para resolver problemas e avaliar o cenário.
Autocontrole emocional: talvez a mais presente das competências emocionais do personagem do filme. Pelo conjunto de situações absolutamente desesperadoras, o protagonista demonstra um autocontrole incrível.
Adaptabilidade: durante toda a narrativa, o personagem demonstra enorme flexibilidade par adaptar-se aos desafios da situação e superar os obstáculos.
Superação: ele não desiste jamais. Mesmo na derradeira cena final (claro que não vou contar!! Veja você mesmo!).
Iniciativa: ainda que numa viagem solitária, o personagem não procrastina. Age de forma imediata para superar obstáculos e buscar alternativas.
Certamente, depois que você assistir o filme, poderá acrescentar outra visão do personagem, reforçando as características da resiliência e as competências emocionais pessoais.
Aguardo comentários...

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