quinta-feira, 13 de maio de 2010

Diálogos e o novo Santander

Ao longo dos últimos anos, como membro de equipes de liderança, facilitador de aprendizado em gestão de pessoas e como mentor de alguns líderes, tenho me deparado com a busca permanente por parte dos profissionais - em todos os níveis hierárquicos, de experiência e de conhecimento - do “melhor caminho para a liderança de pessoas”. Não raro, eles me veem com as máximas: “ah, as pessoas... são tão complicadas... e dependemos tanto delas... como é complexo o comportamento humano... como é difícil sair deste conflito...

Ainda que tenhamos os mais diversos exemplos de líderes de sucesso (nem sempre com pessoas), retratados em livros, artigos, palestras etc, fica difícil estabelecer um padrão ou método para o desenvolvimento de um comportamento mais efetivo que garanta a “entrega de resultados superiores através das pessoas”. O que normalmente se encontra, mesmo que não publicamente reconhecidos, são: ” resultados superiores apesar das pessoas”; ou “resultados possíveis em função das pessoas”. Ora, uma análise objetiva, ainda que empírica, indica um erro grave da postura do líder: a falta de protagonismo, gerando uma postura permanente de vítima: o problema é com o outro. Decididamente, esse não é o melhor caminho. Reconheçamos, é verdade, o ser humano é algo complexo. Cada um é diferente. Cada um tem expectativas e valores próprios. Cada um se comunica a sua maneira e com os seus recursos.Cada um busca seus interesses e seus sonhos. Naturalmente, essa complexidade é justamente o fator que nos torna únicos, mas, no ambiente organizacional essa realidade se apresenta como uma grande dificuldade para que o líder possa realizar o seu trabalho.

Imaginem uma equipe de 20 pessoas diretas (não raro, esse é o número):

• Como lidar com as diferentes personalidades, expectativas, necessidades, valores, modelos mentais?
• Como atender a todos de forma que a motivação se manifeste presente para que os resultados aconteçam?

Desde sempre tenho feito reflexões a partir de minha experiência como líder e como orientador de líderes. Descubro, como Sócrates, que sei que nada sei. O ser humano é complexo e se não aceitarmos essa realidade vai ser difícil qualquer tentativa de mudança de comportamento do líder no sentido de construir organizações com ambientes de saudável desafio.

Ora, será que não é possível? Lógico que é!! Estamos repletos de exemplos de líderes que fazem a diferença! Que conseguem construir algo absolutamente inovador e que muda a vida das pessoas, ainda que não todas!

Quer um exemplo no nosso dia-a-dia?

Alguém já se deu conta, ainda que não seja cliente, da estratégia de comunicação neste momento do Santander? Os amigos espanhóis sempre foram vistos como predadores do mercado e os fatos comprovam. Sua sede de compra, de controle de grandes instituições financeiras, destacando-se no apetitie voraz de construir o market share sempre baseados nas oportunidades de mercado e, sinceramente, acho que eles tem uma estratégia fantástica e, portanto, sem nenhum juízo de valor sobre o movimento desse grande grupo na dominância dos mercados financeiros das jovens economias ascendentes.

Mas, no Brasil, tem sido diferente. Não há duvidas que quando assistimos a um comercial do Santander escutamos a mensagem do Banco Real. A marca não existe mais, mas a liderança está lá – Fábio Barbosa – , com sua proposta diferente de fazer negócios “juntos” ainda que com todo o respeito que o lucro deve proporcionar.

Tenho certeza que os nossos amigos e importantes parceiros espanhóis estão felizes - e juntos - !!

Penso nos diálogos do Fábio com os espanhóis para iniciar a construção de um novo Santander "all over the world"!!! JUNTOS...

Parabéns Fábio!!! Você é o cara!!!

Sergio

Um comentário:

  1. ana.penarotti@terra.com.br17 de maio de 2010 às 20:49

    É verdade, as pessoas são complexas mas nada que um bom diálogo não possa contribuir.

    O lider deve saber ouvir sua equipe, dentro do possível por que os desafios são grandes, metas altas, resultados de curto prazo etc. Quanto mais se houve a equipe e proporciona movimentos onde possam contribuir com o resultado geral da organização provavelmente estarão mais motivados.
    Também é importante conhecer as competências da equipe e os pontos as serem desenvolvidos para que eles encontrerem oportunidades de crescimento.
    Talvez o maior desafio seja proporcionar um bom clima para a área, caso contrário vai sempre haver alguém se sentindo privilegiado ou preterido.
    O exercicio da liderança é realmente um grande desafio. E nada melhor do que experimentar...
    Bom trabalho!!!

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